O Sudeste vai
virar deserto? Decerto que não, mas os nordestinos estão em melhor sorte do que
os “sudestinos”, pelo menos em números pluviométricos. No Nordeste tem chovido mais que no Sudeste,
e isso tem afetado humores e planos de políticos paulistas. O governador do estado,
que gosta de se apresentar como médico, mas do ofício deve ter aprendido apenas
a aplicar injeção – vira e mexe está ele na TV com uma agulha espetada em
alguém –, anda em apuros. Sem a colaboração de São Pedro, seu melhor “cabo
eleitoral”, sua “re-re-re-eleição” poderá ir para o ralo. Sem água em casa, o
eleitor dificilmente votará num grupo – há duas décadas encastelado no poder
estadual – que não investiu um vintém em infraestrutura hídrica para seu povo. É
esperar para ver, mas nem sei se quero mesmo que chova este ano, sabe?... Xô,
Geraldo Agulha!
Nunca
desperdicei água e nem outra coisa nesta vida que Deus me emprestou. “Econômico”
poderia até ser um de meus sobrenomes, pois costumo ser bastante ponderado nos
gastos. Não frequento shoppings, leio jornal alheio e evito ir ao cabeleireiro.
Talvez isso tenha me proporcionado algumas frustrações amorosas pela vida, que
já se alonga. A julgar pelo que ouvi recentemente de um irmão... Com inesperado
exagero, ele disse que meu cabelo está tão mal cortado, que parece ter sido
aparado a facão. Assim não vale, mano!
Mas, voltando
à economia de água, quero registrar um fato pitoresco. Certa vez, decidi
reaproveitar toda a água utilizada em casa. Naquela ocasião, um amigo, que
costuma me acompanhar nestas mal traçadas, viera me visitar. Expliquei a ele
que eu estava usando toda a água da lavação de verduras na rega de plantas etc.
Ele aprovou maravilhado. Disse-lhe também que a sobra dessa água era armazenada
nuns baldes para lavar a área e outras partes cimentadas do quintal. Gostou,
tornando-se ainda mais encantado. Eu ia me animando com o que lhe dizia, pois
ele me parecia cada vez mais entusiasmado. Mas... “Pra que aquela bacia embaixo
do chuveiro?” – perguntou-me entre curioso e irritado. “Ah, eu me esqueci de
avisar. É que o banho deverá ser tomado assim: você pisa dentro da bacia, abre
o chuveiro e toma seu banho normalmente. Após terminar, despeja a água da bacia
naquele balde que está lá dentro. Assim, quando você fizer “aquelas coisas”,
aproveita a água do banho para a descarga na privada!”.
Custei pra
perceber, mas o silêncio do amigo, desta vez me olhando fundo, não era mais de
admiração. “Não, assim já é demais! Economia tem limite. O que você faz com a
água da pia da cozinha, tá certo. Mas... Tira aquela bacia de lá, pois assim eu
nem tomo banho! Pra mim, você tá doido!”. Tentei disfarçar minha vergonha
diante do amigo e retirei balde e bacia do banheiro, para nunca mais voltar com
eles pra lá.
Mas, pensando
bem, e se começar faltar água?... Será que custa caro um balde? Ainda há bacias
nos armazéns? Preciso ver essas coisas...
FILIPE
De carlos, por e-mail:
ResponderExcluirA situação da falta d'agua não tá boa não; você pegou leve, gostei do novo estilo, fez do feio, engraçado.
O pior de tudo é que nossos governantes andam preocupados com seus companheiros, agora é moda entre eles...e suas demagogias e quando surge um problema, que não deveria ser problema, ficam meio loucos, não estão acostumados com isso.
Com certeza o seu amigo deve estar procurando uma bacia...
Filipe, a gente aprendeu a valorizar um pouco a água, quando tinha de ir de baixo de chuva buscar água na mina...
ResponderExcluirMas nem sempre as precariedades do passado se tornam lição. Às vezes tem infelizmente até efeito inverso...
De qualquer forma, valeu ler sua reflexão sobre fazer economia de água
E aquilo que parecia bizarro pode estar se tornando realidade em muitos países... que hoje já estão importando água. E nós que nascemos em berço esplêndido aquaticamente falando podemos estar esbanjando o que é tesouro para milhões
Abraço e boa semana
kkkkkkkkkkk Este seu amigo não seria o Jair kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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