“Não tenho palavras para descrever um momento tão belo!”
A frase acima deu título a uma
série de imagens das Bodas de Diamante de meus pais postadas por uma irmã em
sua página do “feice”. Não, não há mesmo palavras que deem conta disso. Comemorar
‘sessenta anos de comunhão conjugal’ não é para muitos. Os obstáculos vão desde
causas naturais, como falecimento, a sociais e culturais, que resultam em
separações.
Capítulo à parte, a cerimônia
religiosa foi conduzida por sete sacerdotes, dentre eles, três (!) são filhos
do casal. A capela de S. José, o Patrono da Família, ficou lotada, com gente de
várias partes do país; alguns percorreram mais de mil quilômetros, apenas para
participar desse evento. Havia parentes próximos e distantes; e amigos, muitos
amigos.
Fato raro, que também deve ser
registrado, foi a reunião dos “Moura Lima”. Em trinta e cinco anos, desde o
nascimento do caçula, esta foi apenas a terceira vez em que se fizeram presentes
os treze: papai, mamãe, agora de birote, e seus onze filhos. Uma foto para
história da família!
Muito mais do que a “foto
oficial” da “família Moura Lima”, há ali algo transcendente, que uma câmera
fotográfica jamais pôde captar: a harmonia familiar. E não se pode considerar tal
fato um mérito, porque nada fizemos para tão grande merecimento, mas uma graça
divina. A nossa família, embora imperfeita como tantas, traz esse traço. Papai
costuma dizer, cheio de júbilo: “A minha maior alegria é saber que meus filhos querem
bem uns aos outros”, e acrescenta: “É muito triste ver irmãos brigados: às
vezes, quando um chega, o outro sai, porque não conseguem permanecer no mesmo
espaço”.
Meu pai tem razão. Nós, pelo
menos agora, na maturidade, não trocamos xingamentos nem puxões de cabelo. No
passado distante, porém... Mas deixemos pra lá esses rasgões, já há bem anos suturados
pelo ‘cinto paterno’. Contudo, cada um de nós mantém lá suas manias e “entojamentos”.
Caso dividíssemos cotidianamente o mesmo ‘quadrado’, não faríamos inveja a
ninguém, nem sequer às famílias mais barraqueiras. Mas, convenhamos, vivendo
assim, à distância, seria muita desfaçatez criar ou alimentar picuinhas, não
acha?! Mas, parafraseando Caetano Veloso, “de perto, nenhuma família é normal”.
E a nossa família não foge a essa regra “caetâneca”.
As noites na varanda de meu pai,
durante o tríduo a que se tornara a comemoração das Bodas, foram de festa. Modinhas
sertanejas, das mais genuínas, eram entoadas ao som plangente de um violão. Dentre
as músicas do repertório sertanejo-raiz, destacaram-se os clássicos: ‘Menino da
Porteira’, ‘Índia” e ‘ A Velha Porteira’. Até o saboroso ‘Franguinho na Panela’
– que saiu um pouco cru, porque desafinado – foi por todos degustado. Tudo isso
fartamente servido à rega de um chimarrão divino, cuja erva-mate foi trazida
por amigos do Sul, também presentes naquele doce mafuá.
A festa, que teve início na
sexta-feira, com orações, cantoria e lançamento de livro, foi encerrada no
domingo. Uma Celebração na nossa varanda, alguns emocionados depoimentos e o almoço
selaram aquele ‘tríduo’, que já deixa saudades.
Nem palavras nem imagens podem
exprimir a sublimidade desta “Caná”. Talvez apenas a memória de quem viu e
viveu momento tão singular possa contemplar esses santos ‘Mistérios Gozosos’.
FILIPE
Que grande benção Deus me deu, estar lá conhecendo ilustres escritores!!!! Aguardava ansiosa o momento, sentia frio na barriga mais enfim encorajei e parti rumo a Minas Gerais, Guiricema! Que de tão longe, quando perguntávamos onde fica? O povo não sabia kkk e o Rafael disse mãe este seu amigo do Face seu José é imaginário não existe kkkkkkk mais o desejo de vê-los face a face nos movera até lá!!!! E que momento divino!!! INEXQUECÍVEL!!!! Só resta me agradecer todos os dias a Família Moura e a Deus!!!!! Nunca pare de escrever pois coloca vida nas frases muito bem montadas!!!!! Foi uma grande alegria conhecê-los e saber que no mundo existem pessoas especiais!!! Nada imaginárias e sim reais!!! Qto as cantorias foram toadas de céu!!!!!!!!!!! Parabéns amigo!!!!!
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