A mídia não divulga, mas a
Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (SEE-SP) protagoniza, já há muito
tempo, algumas mazelas. Vamos a elas:
1) Se feitas as contas o governo
federal gasta, a cada três anos, mais de dois bilhões de reais na substituição
de livros didáticos em todas as escolas públicas do País. E o que a SEE-SP faz?
Desestimula os professores de sua rede a usar o rico material do MEC, exigindo
prioridade no material elaborado por ela. Na prática, empurra-nos “goela
abaixo” suas apostilas, cujo conteúdo não passou pelo crivo da academia.
Diferentemente destas, os preteridos livros do MEC são avaliados e aprovados pelas
mais conceituadas universidades do País.
2) Todos os anos a SEE-SP aplica
uma prova, denominada SARESP, a alunos concluintes de cada ciclo. Dentre outras
finalidades, serve para bonificar professores e funcionários das escolas que se
sobressaírem na bendita avaliação. Mas, como as disciplinas avaliadas são
apenas Matemática e Português, recai sobre o lombo dos infantes professores da
área a incumbência de, “sob aplausos ou vaias”, alavancar sua escola ou
pinchá-la ladeira abaixo.
3) Há, neste rico estado de São
Paulo, uma categoria de profissionais da educação com diploma universitário contratada
em regime de semiescravidão. Esta espécie de “subprofessores”, além de privada
de direitos trabalhistas, tem que cumprir quarentena (afastamento sem
remuneração) após determinado período de atividade.
4) Por alguma razão, professores
convocados para reuniões pedagógicas não recebem “diária”, que deveria ser
depositada numa conta do Banco do Brasil (não podendo ser poupança). Quem
decidiu transferir sua conta-salário para outra instituição fica alijado do
benefício. E não adianta espernear, pois não verá nem cor nem cheiro desses
caraminguás, que deverão voltar para o Tesouro Estadual (ou para outro lugar,
onde até Deus ignora).
5) Profissionais da educação são
frequentemente convocados para reuniões com gente da DE (Diretoria de Ensino,
mas que para mim continua sendo “delegacia de ensino” – e com minúscula, para melhor
expressar minha fúria!) Nesse departamento, salvo raríssimas e honradíssimas
exceções, viceja uma colônia de parasitas, que não faz outra coisa senão tomar
café, falar de novela e BBB, além espezinhar a vida de professores. Ah, as
reuniões..., e para que servem? Para tentar converter professores a um inovador
método de ensino-aprendizagem.
Houve, no século passado, uma
gente metida e desocupada desejosa de melhorar o ensino do "povo pobre e
oprimido". Para tanto, cismaram de reinventar a “roda da educação”, adotando um
método experimental. Esse assunto, que no final do século serviu de
vomitório para gerações de estudantes e professores mais lúcidos, foi o “santo
graal” para os menos iluminados. Mas, quando todos o sabíamos extinto para todo
o sempre, eis que ressurge, do lodo em que estava sepultado, o fantasmagórico zumbi
denominado “construtivismo”. E ele já me espreita!
FILIPE
Nenhum comentário:
Postar um comentário